ALEXANDRE DE MORAES AFASTA MARCUS BRANDÃO E OUTROS DIRETORES DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO MARANHÃO POR NEPOTISMO CRUZADO
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na segunda-feira, 9 de dezembro, o afastamento imediato de três diretores da Assembleia Legislativa do Maranhão sob acusação de nepotismo cruzado. Entre os afastados está Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão, que ocupava o cargo de Diretor de Relações Institucionais da Casa.
Quem são os afastados?
A decisão do STF incluiu:
- Marcus Barbosa Brandão – Diretor de Relações Institucionais da Assembleia Legislativa e irmão do governador Carlos Brandão.
- Camila Correia Lima de Mesquita Moura – Diretora Legislativa e cunhada do governador.
- Jacqueline Barros Heluy – Diretora de Comunicação Social e sogra do sobrinho do governador.
Motivos da decisão
A denúncia, apresentada pelo partido Solidariedade, aponta que as nomeações infringem a Súmula Vinculante nº 13, que proíbe práticas de nepotismo direto ou cruzado. Segundo o ministro, essas ações configuram “ajustes que burlam a regra de vedação, mediante trocas de favores entre órgãos públicos”, atentando contra os princípios de moralidade e impessoalidade da administração pública.
Consequências da decisão
Além do afastamento imediato, foi ordenada a suspensão dos salários e benefícios dos envolvidos. O STF ainda solicitou que deputados estaduais forneçam informações sobre outros possíveis casos de nepotismo no Executivo e Legislativo do estado.
Intimações determinadas
Diversos deputados estaduais foram intimados a prestar informações detalhadas sobre parentes ocupando cargos de direção, chefia ou assessoramento, com prazo de 48 horas para responder. O descumprimento poderá acarretar sanções legais por desobediência à ordem judicial.
Resposta das partes envolvidas
Até o momento, nem o governador Carlos Brandão nem a Assembleia Legislativa do Maranhão emitiram nota oficial sobre o caso. A decisão do STF marca mais um capítulo no combate ao nepotismo na administração pública, reforçando os princípios de legalidade e ética nos órgãos estaduais. O processo segue em análise enquanto o tribunal aguarda respostas das autoridades intimadas.
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